quarta-feira, 27 de agosto de 2008

E agente vai levando ...

"Somos um. O maior desafio de nossa época é mudar nossa visão de mundo. É perceber que a interdependência é uma lei: a lei da sobrevivência do planeta, do meio ambiente, da sociedade, das organizações, até mesmo dos nossos pequenos grupos familiares. No lugar da independência, devemos reconhecer a interdependência e fazer tudo para que a parte de cada um seja cumprida de forma que o todo funcione em benefício de todos. Todos somos um, não é um sonho. É uma realidade que devemos reconhecer, estimular e proteger. Somos um indivíduo, um grupo, uma comunidade, um planeta. Estamos todos juntos com a consciência de ser um só." - Site da ong Ethos

Se você é daquelas pessoas que sempre quiseram fazer algo em benefício da sua comunidade, cidade, estado, país ou planeta, mas que sempre deixam pra depois.

Nossa acho que temos algo em comum !!
E assim agente vai levando ...

Por que ???

Estamos apenas vivendo dentro de um mundo de dor sem nos darmos conta que alguém morre de fome enquanto outros desperdiçam comida, que alguém morre de sede enquanto outros se esbanjam em aguas cristalinas, que alguém pede socorro enquanto outros tapam os ouvidos, que alguem têm valor e necessita ser reconhecido enquanto outros não compreendem o verdadeiro valor do mundo, o amor ao próximo...

Não se deixe levar por um mundo de valores supérfluos, desinverta os valores!

# Por que muitos acham normal?

# Por que ninguém se põem no lugar do outro?

# Por que o dinheiro é mais importante?

# Por que a maioria das pessoas estão iludidas?

# Por que a mídia muitas vezes nos escondem a realidade?

# Por que muitos não se questionam?

# Por que os Valores Estão Invertidos e ninguém percebe?

Revolucionários preguiçosos

— Vamos à luta! Que comece a revolução!

— Que tal só na próxima semana
?

É arte !!!

Vamos falar de arte.
Dependendo do contexo
Me faz até ler um texto
Ver um quadro, ou poesia!
E eu levo a minha arte
Dentro do meu coração
E a faço com as mãos
P'ra festejar a cada dia!
É o que me fez a arte
Transformou-me em devaneio
E me fez sentir-se inteiro
P'ra não ser gente vazia!

E a inocência de criança
Me faz dançar a dança
De quem não morreu por dentro.
Nesse mundo traiçoeiro
Querem mais é sentir o cheiro
Da minh'alma jogada ao vento.

Talvez me levassem mais a sério,
E isso sim é um mistério,
Se eu fosse Drummound de Andrade.
Sou só um estudante louco
E de mim sabem muito pouco...
Mas,de minhas palavras,
Ouvirás a mais pura verdade.



(Guilherme Reis Holanda)

Mundo moderno ...

Mundo Moderno,Marco Malévolo,Mesclando Mentiras,Modificando Maneiras,Mascarando Maracutáias,Majestoso Manicômio,Meu Monólogo Mostra Mentiras,Mazelas, Misérias, Massacres,Miscigenação, Morticínio Maior Maldade Mundial,Muitos Migram, Mascilentos,Maltrapilhos, Morarão Modestamente,Malocas,Metropolitanas, Mocambos Miseráveis,Menos Moral,Menos Mantimentos,Mais Menosprezo,Metade Morre,Mundo Maligno,Misturando Mendigos Maltratados,Menores Metralhados, Militares Mandões,Mundo Medíocre, Milionários Montam Mansões Magníficas, Melhor Mármore,Mobília Mirabolante, Máxima Megalomania,Mordomo,Mercedes, Motorista,Mãos,Magnatas Manobrando Milhões,Mas Maioria Morre Minguando, Mundo Maluco,Mundinho Merda! Melhore Mais...

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

Vale a pena?

Meu parceiro Vinícius Siqueira, um grande defensor do samba, escreveu um artigo que merece estar nesse blog. Segue abaixo:

Li um artigo do meu “cumpádi” Vinícius Siqueira, grande sambista da nova geração amante do samba semente (aquele que vem antes da raiz) questionando onde pararemos, tendo em vista que um grande ícone “sambístico” de nossas vidas, influência para muitos amantes do samba, precursores de um novo estilo radicado no final dos anos 70 e início dos anos 80, acabaram se rendendo ao pagode de FM. Aquela batucada que aprendemos a admirar e, principalmente, a admirar, está extinta graças às imposições de gravadoras, empresários e afins.

Diante do que li, acabei refletindo sobre alguns aspectos. Era muito comum na década de 90 no “boom” do pagode encontrar com os chamados “new pagodeiros” pelas rodas da cidade a bordo de seus Mustangs com a maior pompa de emergentes da alta sociedade, mesmo que suas famílias continuassem morando de aluguel. Sempre ao lado de loiras estonteantes e modelos da banheira do Gugu sendo que nas épocas dos shows no boteco da vila, tocando em troca de uma porção de calabresa, uma de batata frita e algumas garrafas de cerveja, as Marias, Berenices e Joanas encaravam todo e qualquer tipo de dificuldade ao lado dos, até então, Josés, Antônios e Sebastiões.

Um ponto que não podemos deixar passar em branco nessa análise/reflexão é o fato de muitos desses grupos possuírem um, muitas vezes único, trabalho de bom de samba. Fora que com a coletividade conquistada durante esses anos freqüentando as rodas de samba do eixo Rio/São Paulo, fica-se sabendo que aquele cara que hoje rebola no programa do Gilberto Barros, ou aquele outro que pinta o cabelo de amarelo, conhecem muito da história do samba assim como sabem fazer trabalhos de boa qualidade. Dados postos sobre a mesa, perguntamos: Por que?

A resposta que eu mais ouço, inclusive dada por pessoas que se enquadram nessa descrição acima é a de que é necessário colocar comida em casa. É uma explicação que, na maioria das vezes, é válida. Mas agora vem a pergunta que não quer calar: Vale a pena? Será que vale a pena se render a esse tipo de segmento que preza única e exclusivamente o hoje não importando nem um pouco o ontem nem o amanhã? Vale a pena vender sua imagem e seu nome para algo que, está mais do que provado graças a Deus, é mais passageiro do que as Marias e os Josés que pegam sua condução todos os dias pra trabalhar? Vale a pena rebolar em rede nacional para ter que vender shows e cd´s mais pela imagem do que pelo trabalho musical (desculpem o termo “trabalho musical”)?

O que dizer de monstros do samba como Noel Rosa, Cartola, Candeia, Nelson Cavaquinho, Carlos Cachaça, Aniceto do Império, Alcides Malandro Histórico, Silas de Oliveira e muitos outros que, em momento nenhum de sua vida se deixou levar pelas “novas tendências” que iam surgindo, mesmo tendo que colocar comida em casa? Por que ELES defenderam tanto uma bandeira que não lhes dava Mustangs, loiras estonteantes e modelos da banheira do Gugu? Será que era o amor e o respeito que eles tinham pelo Samba? Será que aquele grupo surgido no início dos anos 80 ama e respeita o samba da mesma forma que aqueles que fizeram, de alguma forma, com que eles aprendessem a tocar e até criassem novos instrumentos? Essa dúvida paira sobre as cabeças de todos os amantes do bom samba.

Mas nem só de Kaiser vive as cervejas, temos grupos novos e bons como Quinteto em Branco e Preto, Galocantô, Batuque na cozinha, Anjos da Lua, Grupo Semente e inúmeros projetos principalmente em São Paulo como Samba da Vela, Pagode do Cafofo, Samba da Tenda, Projeto Nosso Samba, Projeto Samba de Todos os Tempos, Samba da Laje, Morro das Pedras e muitos outros a fim de não deixar essa chama não se apagar, pois como diz um outro monstro do samba que está vendendo quadros que ele pinta para poder colocar comida na mesa, o SAMBA AGONIZA, MAS NÃO MORRE mesmo porque NINGUÉM FAZ SAMBA SÓ PORQUE PREFERE.

Polêmicas ...

Atualmente, tenho visto tanta polêmica sobre samba. Comentários dos mais variados. Já ouvi que Samba Rural Paulista não é samba, e sim moda de viola. Outros já dizem que essa é o verdadeiro samba de raiz. Uns dizem que o bom samba é aquele como era feito antigamente. Outros já dizem que isso é coisa do passado, que um samba bom tem que ter tantan, banjo, instrumentos muito utilizados dos anos 80 para cá.

Quem teve oportunidade de ler o livro Partido-Alto, do Nei Lopes, entende o que estou falando. Lá, ele encontra diversas definições sobre o que é o partido-alto. Umas que eu realmente já esperada, e outro um tanto inusitadas. Numa das descrições, um dos antigos sambistas da casa da Tia Ciata descreve o partido alto como uma música apenas instrumental, onde era muito valorizada a dança. Essa descrição vai muito de encontro à aquilo que sempre acreditei ser partido alto.

Outra fato que é de grande conhecimento do pessoal do samba era a famosa discussão de Donga e Ismael Silva, nos anos 20, que Donga fala que a música de Ismael é marcha e não samba, e Ismael fala que a música de Donga é maxixe e não samba. Isso mostra que essas discussões são bem antigas.

E as polêmicas não param por ai. Uns dizem que o samba nasceu na Bahia, outro que nasceu no Rio de Janeiro.

Afinal, quem está com a razão? Eu fico com a palavra de Candeia:

“Pra cantar samba não preciso de razão,pois a razão está sempre com dois lados.”

Acredito que uma forma de samba não é necessariamente melhor que outra. A quem prefira Samba Rural, a quem prefira Samba de Terreiro. Pois gosto musical é como time de futebol, cada um tem o seu e não cabe discussão. Pra mim o bom samba não está relacionado com a forma como é tocado, mas sim com o conteúdo do mesmo. Se o samba é de São Paulo ou do Rio, se é de fulano ou de ciclano, não é parâmetro pra determinar se é bom ou não. Claro que tenho minhas preferências, mas procuro sempre analisar aquilo que não é de minha preferência para ver se realmente é bom o não.